Friday, March 16, 2007

All Saints | Studio 1

Data de Lançamento: Outubro 2006
Parlophone
* * *

Após um hiato de seis anos, numa altura em que o universo pop se encontra em contínuo desvalor, as britânicas All Saints dão o passo mais arriscado da sua carreira e decidem curar feridas antigas, ao lançar Studio 1, o terceiro álbum de originais.
Rock Steady é o mote de abertura, uma clássica canção pop, estruturada na perfeição para ficar no ouvido. E fica.
Embora a maior parte do disco se guie nestas linhas do pop urbano, com em exemplos em Hell No, Not Eazy ou até o contagiante Scar, existem algumas sonoridades nunca antes exploradas pelo quarteto feminino. O suave electro-pop em Chick Fit (segundo single) e a tentativa de gospel/soul relativamente conseguida em Fundamental.


No geral, é um disco que não iguala os dois primeiros trabalhos (All Saints, de 1998 e Saints or Sinners, de 2000), embora não deixe de ser um disco consistente e característico da onda "cool" que as All Saints sempre fizeram questão de transmitir.
O ponto mais negativo continua a ser na visível predominância de Shaznay Lewis nas letras e nas melodias das faixas. Para além de partilhar a maior parte dos vocais com Melanie Blatt. Que raio de contribuição fazem as irmãs Appletton no íntimo processo de construção musical?


Indiferentes ao fraco feedback que Studio 1 recebeu, tanto nas vendas como nas críticas, as All Saints já afirmaram o desejo de continuar a promover o disco, mesmo depois de terem sido dispensadas da editora Parlophone.
De qualquer das formas, vai ser de novo preciso um William Orbit para elevar as All Saints ao ponto em que estavam, quando cada uma decidiu ir para seu lado.

1 comment:

Karen Walker said...

Este disco realmente deixa muito aquém das expectativas que se pode esperar de um grupo musical como as All Saints. O segundo disco foi simplesmente brilhante, com melodias avassaladoras e letras simplistas caracteristicamente Pop, no entanto a sonoridade era diversificada e futurista, algo que só o Orbit conseguiu na altura dar ao Pop, seja em Madonna ou noutro artista qualquer. Este disco peca na inovação, não traz nada de novo, mas sejamos sinceros, hoje em dia trazer algo de novo na música é uma tarefa complicada e exige um génio elevado.