Sunday, April 1, 2007

Siobhan Donaghy | Ghosts

Data de Lançamento: Junho 2007
Parlophone
* * * *

Volta e meia, o brilho dá meia volta. O eterno síndroma do segundo disco continua a ser uma das tarefas mais difíceis de superar. Para Siobhan Donaghy, não. Depois de um enorme fracasso de vendas com o fantástico estreante Revolution In Me (2003), que lhe valeu a rescinsão com a London Records, mas que lhe valeu também um primeiro disco extremamente aclamado pelos críticos e meios de comunicação, a inglesa de 22 anos regressa com Ghosts.

Com uma mãozinha do produtor James Sanger (Dido, U2), Siobhan Donaghy traz um segundo disco que se distingue do primeiro pela fantasia e pelo enigmático. Se Revolution In Me já adivinhava essa tendência, de uma forma mais ou menos súbtil, Ghosts é a personificação desse mundo. 12 Acid Blues e Summertime mostram um pop extrovertido mas diferente. Em Medevac e Don’t Give It Up, Donaghy mostra que é o trip-hop que lhe assenta melhor. É claro que há espaço para a clássica balada dramática (Coming Up For Air), mas este disco é tudo menos um deja vu. Na faixa Ghosts ouvimos Donaghy a cantar apenas em backwords. Fórmula nada inovadora. O resultado, sim, é original.

Ghosts é experimental, épico e misterioso. E fantasmas assim são bem vindos. Vintage pop no seu melhor. Chegou a nova Kate Bush.

1 comment:

Satya said...

A música atravessa-te sempre, seja de que modo for, não é verdade? Se não é pela radio, é pela palavra. =)
Por enquanto, parece-me muito bem. Vai continuar a parecer com certeza.
Um beijinho grande migo, tenho muitas saudades tuas...msm!
Joana